Agropecuária de corte pode ter emissões de carbono reduzidas em 20 anos

A agropecuária é um dos setores produtivos mais significativos do país, entretanto as emissões de gases também são preocupantes. Estima-se que as emissões de gases do efeito estufa, apenas na região sul, subiram de 79 milhões de toneladas de CO2e em 2000, para 90 milhões de toneladas em 2018 (isso contando também com os veículos movidos a combustão). (dados IEMA, 2021)

Especialistas afirmam que, dentro de 20 anos, a Mata Atlântica pode se tornar neutra em carbono. Todavia, isso apenas será possível caso haja um projeto de restauração florestal, desmatamento zero e práticas de baixo carbono (estudo realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica, o Imaflora e o SEEG/Observatório do Clima.)

Segundo o estudo, tais metas podem ser alcançadas com a restauração de 15 milhões de hectares de florestas, chegando ao desmatamento zero em 2030, alta produção de alimentos e geração de empregos decorrentes do crescimento recente do agronegócio.

As metas são possíveis são possíveis se houver a ação prática das entidades públicas e privadas. Segundo recente entrevista à CNN, Luis Fernando Guedes Pinto, diretor de conhecimento do SOS Mata Atlântica afirmou:

“As ações necessárias para atingirmos esse cenário combinam políticas de comando e controle e de incentivos conhecidas, mas que precisam ser plenamente implementadas ou aprimoradas, como o Código Florestal, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg) e Plano Safra, que, por sua vez, devem ser complementadas com vontade política internacional, nacional e subnacional, além de investimentos do setor privado. Não há barreiras tecnológicas para a sua implantação e já tivemos avanços nesse sentido nos últimos anos”,

Além dessas medidas, algumas ações diretas poderão ser adotadas para que as metas de redução de gases do efeito estufa seja alcançada, tais como:

  • A substituição de combustíveis fósseis por renováveis nos transportes de mercadorias para as metrópoles,
  • Tratamento de resíduos tóxicos e sólidos (esgoto, lixo)
  • Recuperação do gás metano proveniente do lixo para a produção de energia via combustão.
  • Combate ao desmatamento e restauração florestal
  • Criação de áreas protegidas.
  • Adoção da agricultura de baixo carbono com a recuperação de pastagens e solos degradados
  • Pecuária mais eficiente.

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E a agropecuária, onde se encaixa nisso?

Agropecuária de corte

Sendo um dos setores mais importantes da economia brasileira, a agropecuária de corte deve procurar estabelecer normas seguras para promover o menor impacto no meio ambiente, através de algumas ações assertivas que poderão assegurar o desenvolvimento sustentável das regiões de base, conforme matéria da WRI Brasil:

  • Mensuração e gestão das emissões de GEE
  • Tecnologias como a integração de lavoura, pecuária e floresta (iLPF), 
  • Adoção de sistemas Agroflorestais (SAFs),
  • Plantio direto, ou seja, técnica de semeadura na qual a semente é colocada no solo não revolvido, onde uma pequena cova é aberta com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.
  • Florestas plantadas;
  • Tratamento de dejetos 
  • Fixação biológica de nitrogênio (a partir do plantio de leguminosas e outras plantas que fixam o nitrogênio no solo, para substituir a adubação – uma economia de cerca de US$ 3 bilhões ao ano).

Agora que você entende como a agropecuária pode ajudar na emissão dos gases do efeito estufa fique por dentro de tudo o que acontece no universo agro!

MRural – juntos por um agro melhor.

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